"A maioria dos deuses joga dados, mas o Destino joga xadrez, e você não descobre até que seja tarde demais que ele estava jogando com duas rainhas o tempo todo." (Terry Pratchett)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

ATO I: quanto a nada

Nada a dizer e vontade de escrever. Uma união catastrófica que resulta em mais uma aberração textual qualquer, com palavras escolhidas distraidamente, displicentemente espalhadas. Nenhuma novidade para mim: sempre que algo concreto surge em minha mente e se arrasta até a ponta dos meus dedos acabo hesitando, com medo de... de escrever, eu não sei. Como um poeta que não encontra palavras suficientes para transmitir o emaranhado de sentimentos e mentiras de seus sonhos. É como estar enjaulada dentro de mim mesma, socando janelas e portas do metal mais resistente. Como estar residindo permanentemente em lugar algum, porque por mais que escrever seja o que eu sempre quis, aceito esta impotência estática como se fosse nada. Esquecendo meus problemas mais uma vez.
... Ou quem sabe meu inconsciente esteja apenas fazendo um grande favor a humanidade livrando-se da péssima escritora que eu seria caso conseguisse finalizar algum pensamento, encantando somente gurias retaradas. Uma visão mais otimista, que tal?

Porém... Droga, nunca sei como acabar... Mas espero resolver esse e vários outros problemas como esse aqui (sei bem que é ilusão) e pretendo também achar a resposta para uma centena de questões que me atormentam, tais como:
Que tipo de escritora eu sou? Existe algum tipo de escritor? O que vou almoçar hoje? Salvemos os planctons ou as baleias?
Na melhor das hipóteses, respondo uma pergunta que resulte em outras milhões de dúvidas.